Tem uma coisa que há anos acontece contigo repetidamente, como se fosse um sonho.
(Quer dizer, não que aconteça de verdade, né, ou pelo menos não bem assim, mas vou fingir que acontece por motivos de argumentação. Ah, e bem-vindos à minha newsletter :) Continuando:)
Entro numa livraria por impulso, atraído pelo cheiro de papel e madeira, pelo silêncio. Percorro as prateleiras e noto a seção de lançamentos, um balcão alto no meio da loja. Pego um livro com uma capa bonita e uma contracapa cheia de elogios. Leio o nome do autor, verifico o texto da orelha. Minha intuição está certa: o livro foi escrito por um autor de quem eu nunca ouvi falar. Tenho em mãos um romance de estreia.
Então compro o livro, e mais tarde, em casa, me sento pra ler. Sinto um estranhamento com aquela voz; nunca ouvi nada parecido antes, e a ideia de conhecer algo novo me anima, mas também me assusta. Que sensação estranha essa de ler sem expectativas nem certezas prévias, medidas de comparação — ler instado a entrar em contato com o texto tal como ele é. Mas em seguida me acostumo, quando os personagens começam a ganhar vida. Gosto do primeiro capítulo, e do segundo também. Sou absorvido por uma escrita cheia de uma força bruta, inesperada; os capítulos passam sem que eu me dê conta. Em poucas horas, leio o livro inteiro de uma vez. Me sinto satisfeito. É como se agora só eu conhecesse aquele autor. Então preciso recomendar o livro aos amigos, espalhar a palavra.
Mas por que isso acontece? Por que isso se repete? Por que um romance de estreia me deixa elétrico, feliz, ou com medo — num estado de urgência?
Talvez seja porque aquele livro contenha uma energia que o autor acumulou a vida inteira, como se tivesse se preparado desde o nascimento pra escrever aquela história. Eu gosto dessa ideia: um primeiro romance é um acúmulo de tudo o que o escritor aprendeu até aquele momento. De modo que, potencialmente, cada pessoa contém todo um romance esperando pra tomar forma.
Já fazia anos que eu sentia que tinha um romance aqui dentro, escondido em algum lugar debaixo de um bloco de mármore. Aí eu entre-aspas só precisava esculpir o romance, chamar ele à superfície. Mas eu não conseguia responder a esse chamado por conta própria. Decidi entrar numa oficina de criação literária.
Passei meses estudando e aprimorando técnicas básicas, e aos poucos perdi o medo de ler os textos na frente dos colegas durante os encontros semanais. Achei que isso ia me ajudar a dar forma às ideias, mesmo que me custasse tempo. Ao longo da oficina comecei a identificar os traços de estilo que me agradavam mais, e comecei a escrever com mais consciência.
Os anos foram passando. Minha vontade de publicar um livro cresceu. Eu achava que estava pronto.
Então comecei a escrever um romance. Minha ideia inicial era que os personagens seriam gays e jovens, que o livro se passaria em Porto Alegre, que a trama giraria em torno de desamores, relacionamentos; eu estava desesperado pra encontrar a minha voz, e achava que esse encontro aconteceria a partir de algo como uma mistura das minhas principais influências naquele momento: Haruki Murakami, Daniel Galera, Julia Dantas, David Foster Wallace.
Mas quando me sentei pra escrever, percebi que a história não ia pra frente. A tarefa de pensar num romance me parecia impossível — vários personagens, vários núcleos, uma só linha narrativa levando o leitor de um ponto A pra um ponto B. Fiquei paralisado. E em pouco tempo notei que eu não ia conseguir escrever um romance. Não ainda.
Então me voltei pros contos, que me davam mais segurança. Fazia sentido: eu tinha aprendido a escrever contos na oficina. Contos são, por definição, curtos, o que funciona bem em oficinas com pouco tempo pra ler os textos. Esse fator tomou a decisão por mim. Era isso. Primeiro eu publicaria um livro de contos.
Não é incomum que os autores comecem assim, testando registros num livro com textos curtos que podem sugerir várias direções, sem precisar escolher uma só. Num artigo pra O Globo, o contista Marcelo Moutinho já defendeu que um livro de contos não é só uma mera preparação pra uma narrativa longa. Isso porque Moutinho cansou de ouvir as pessoas perguntando quando sairia o primeiro romance dele. Moutinho respondia: nunca. E o fato é que existem autores que prosperam nos contos — alguns dos maiores escritores brasileiros dedicaram grande parte da carreira às narrativas curtas: Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles, Dalton Trevisan. E mesmo assim, segundo constata Moutinho, o romance segue sendo privilegiado. O leitor dá preferência ao gênero mais amplo, panorâmico, definitivo.
Mea culpa: eu também queria seguir por esse caminho.
Por quê? Talvez por causa dessa mesma pretensão quase autoritária, totalizante do romance: traduzir o mundo por meio de um simulacro de mundo.
Perto do coração selvagem. O apanhador no campo de centeio. O sol é para todos. Frankenstein. O cânone é cheio desses romances de estreia que entraram direto pra prateleira dos clássicos: livros que fizeram autores desconhecidos mudarem os rumos da literatura pra sempre. Mas dá pra sacar por quê. Esses autores criaram pontos de vista que alteraram a maneira como as pessoas viam o mundo.
E os leitores gostam disso, né. Da sensação de novidade. De ser obrigado a mudar. De saber o futuro, o que vem a seguir, que vozes vão contar a história daqui pra frente.
Nas últimas décadas essa atenção a novas vozes tem adquirido um sentido mais amplo: os leitores têm buscado uma fuga do mesmo tipo de autor macho hétero ocidental que deu forma às narrativas até aqui. Tá, já ouvimos isso bastante, todo mundo sabe, blablá, mas não dá pra ignorar o ganho que isso provocou, no sentido de ser uma atualização da maneira como a gente registra e interpreta o mundo, e também um estímulo a romancistas com novas histórias.
Bom. Meu primeiro livro, As coisas, era composto de alguns contos que produzi na oficina e outros recém-escritos, quase todos orbitando na tríade gays/jovens/Porto Alegre. Demorei um ano pra completar o livro, e passei a enviar o manuscrito por email pras editoras, sem a menor ideia de como o mercado literário funcionava. Mas também inscrevi o texto num concurso pra autores estreantes, e na metade de 2018 descobri que tinha ganhado. De uma hora pra outra, fui introduzido ao mundinho da literatura, conheci autores publicados, e passei a me ver, também, como um escritor (em itálico, comic sans, ™, qualquer sugestão de ironia que destaque e portanto talvez anule o cringe da frase). E imediatamente comecei a pensar no primeiro romance.
Lendo tanta coisa nova — Bernardo Carvalho, Marília Garcia, Sérgio Sant’anna —, concluí que um primeiro romance tinha que refletir os novos truques que eu vinha aprendendo. Além disso, eu achava importante variar o tema. Eu não queria ser um autor conhecido apenas por escrever dentro da temática queer. Eu queria mostrar que eu não dependia de uma temática.
Durante mais de um ano, me dediquei a escrever um romance experimental e mirabolante. Tive a ideia da história de uma amizade tóxica entre uma mulher e um homem, uma história contada a partir da descrição da galeria de fotos de um celular, das imagens que a personagem guardava: capturas de tela, fotos recebidas, comprovantes de transferência. Enquanto eu escrevia, meu impulso era de incluir qualquer nova ideia ao romance. Aos poucos fui transformando o texto em algo complexo, ilegível, com camadas e camadas de interpretação, fragmentos desencaixados, poeira. Me assustei quando recebi os retornos dos amigos que leram o primeiro rascunho — todos tinham detestado o livro. Percebi que talvez eu tivesse ido longe demais, e me vi encurralado por uma escrita sem nenhum planejamento prévio. Comecei a me perguntar: é esse mesmo o meu primeiro romance? É esse o livro que eu quero publicar?
Decidi que não. Parti de novo por um caminho seguro, e durante os meses seguintes, escrevi Visão noturna, outro volume de contos. Dessa vez os textos eram mais longos (eu achava que estava chegando mais perto do romance), e apesar de não serem nem de longe tão experimentais quanto o romance que eu descartei, Visão noturna acessava novos caminhos, apresentava um outro autor pro mundo. O tema do livro eram os sonhos (uma obsessão antiga), e decidi povoar os contos com personagens diversos: um homem apaixonado por uma mulher, uma mãe e uma filha numa relação conflituosa, uma jornalista que investiga uma rixa entre duas seitas. Então era isso: meu segundo livro tinha nascido, e com ele pus pra fora o que eu tinha visto do mundo depois da primeira publicação. É um livro do qual me orgulho; na minha cabeça, é um segundo livro significativamente melhor que o primeiro.
Mas, pra ser sincero, Visão noturna parecia menos um novo caminho e mais um desvio de rota. Uma ideia continuava a me incomodar: eu ainda queria escrever um romance, aquele romance. Por um tempo fiquei tateando temas, ensaiando começos, sempre com a sensação de que eu ainda não tinha chegado lá.
Tem um ótimo texto no blog do Jonathan Lethem, autor de A fortaleza da solidão, em que Lethem se pergunta qual foi de fato o seu primeiro romance. Ainda adolescente, ele escreveu três textos longos que depois descartou — ainda que um deles se tornasse, no futuro, o pontapé inicial pro sexto romance dele. Antes mesmo que o primeiro romance fosse publicado, Lethem já tinha completado outros, que viriam a ser lançados depois. Além disso, ele conta que críticos e leitores viram o seu quinto romance, Brooklyn sem pai nem mãe, como a sua estreia de fato. O sucesso foi tão grande que houve pressão pra que o Lethem escrevesse uma sequência à altura. Então o que de fato é um romance de estreia?
Pra falar a verdade, o romance que eu sempre quis escrever tinha uma energia que não destoava tanto dos meus primeiros contos. A diferença era que agora — com dois livros publicados e outros descartados — eu já tinha aprendido a não cair em certas armadilhas. Então mais uma vez tentei emular aquele tipo de energia.
Ainda em 2020, me surgiu uma ideia.
Escrevi um conto sobre um guri que recebia uma mensagem de um cara com quem tinha tido um caso anos antes; os dois então se encontravam e transavam dentro de um carro. Não era exatamente uma inovação dentro do universo dos meus contos, mas fiquei bastante satisfeito com o texto. Alguns dias depois, me sentei pra escrever uma continuação: mais um encontro entre os mesmos personagens. Depois teve a parte três, quando tudo mudou: o namorado do casinho antigo descobria tudo sobre os encontros e mandava uma mensagem desaforada pro narrador.
Hm.
Eu tinha esbarrado num ponto de conflito interessante. Não só isso: eu achava que aquela história renderia mais que uma trinca de contos. E se o narrador se envolvesse com aquele casal? E se ele também tivesse um namorado? E se a história fosse sobre um relacionamento aberto?
Foi então que me bateu uma intuição: eu estava começando a escrever um romance. Aquele mesmo romance que eu sabia que existia dentro de mim. (Blablá.)
Mas escrever um romance não é só digitar num arquivo em branco até chegar no final. Tu precisa concatenar muitas informações; ter um olho na cena e outro no todo, na história, no personagem. E mais: além de criar a energia, tu não pode deixar que ela se dissipe. Pelo menos não completamente.
Enquanto eu escrevia as cenas do romance fora de ordem cronológica, experimentei uma segunda oficina de escrita, uma bastante famosa: a do professor Luiz Antônio de Assis Brasil. Em algumas aulas, assim como no manual de escrita Escrever ficção, Assis Brasil apresentava dois argumentos com os quais eu ficava com raiva de concordar.
O primeiro é que a narração em primeira pessoa é um recurso que pende pra imaturidade, pro amadorismo, em comparação com a terceira pessoa, mais sofisticada, potente. Apesar de achar que essa teoria botava em cheque várias obras-primas da história da literatura (Lolita tinha um narrador simplório? Brás Cubas também?), eu também admitia que a primeira pessoa era mesmo mais intuitiva, mais fácil pra escritores de primeira viagem. Era esse, aliás, o meu caso. Eu tinha optado por esse caminho.
Outra ideia do Assis Brasil não passava muito longe: ele aconselhava autores iniciantes a não reinventar a roda. Melhor se escrevessem romances simples, com um só narrador, sem experimentação formal; o autor deveria se aventurar por caminhos mais tortuosos apenas quando já tivesse mais experiência. Era uma ideia conservadora, que poderia impedir o nascimento de grandes romances, mas que… provavelmente fazia sentido. Pelo menos de modo geral — numa oficina cheia de alunos com diferentes bagagens e aptidões. Que primeiro fossem pelo caminho mais fácil, escrevendo um livro bom e simples, pra só depois darem um passo mais ousado.
Mas é claro que a gente está falando de literatura, e não de ciência. Nem todo tipo de arte cabe dentro de um manual. Dá pra ser bem-sucedido seguindo por caminhos opostos.
O meu caminho, mais fácil, mais conservador, foi uma tentativa de mirar em algo como Abaixo de zero, de Bret Easton Ellis, que considero um romance de estreia simples, perfeito, um primeiro passo que deu o tom pra toda uma carreira. Com uma linguagem econômica e em primeira pessoa, o livro conta a história de um personagem que volta de férias da faculdade e percorre Los Angeles como um fantasma enquanto os amigos se entopem de drogas. O que Ellis conseguiu captar, de uma forma que deixa o leitor angustiado, é que ninguém parecia ligar pra decadência de uma geração que era pra estar no auge. Abaixo de zero é bom porque é um romance livre, sem concessões. De um autor que ainda não tinha uma reputação a zelar nem estava preocupado com confirmar ou subverter expectativas.
Vinte anos depois, já com a carreira consolidada — ainda que low-key cancelado, muito por causa de uma certa atitude de macho também presente nos romances —, Bret Easton Ellis releu Abaixo de zero. ‘Tem muitas partes que eu gostaria que fossem escritas de maneira um pouco mais elegante,’ ele disse então. ‘Mas no geral, fiquei bastante surpreso. Era bastante bem escrito pra alguém de dezenove anos.’ E ele tinha razão. Dá pra notar um tanto de imaturidade em Abaixo de zero, mas isso não tira o mérito do livro — a energia, o vigor, a melancolia. Sem tomar tantos riscos formais, o romance para em pé. Ainda que grite estreante em cada página.
Dentes brancos, de Zadie Smith, também grita. Também tem isso que eu chamo de energia, mas dessa vez tomando uma rota oposta, muito mais ousada. O romance — em terceira pessoa — conta a história de duas famílias de imigrantes vivendo na Londres multicultural do século XX, atravessando a Segunda Guerra e chegando nos anos 90. O foco aqui se divide entre personagens de diferentes gerações. Há tentativas de suicídio, testemunhas de Jeová. Engenharia genética, militantes dos direitos dos animais. Um núcleo terrorista debochadamente chamado de ‘KEVIN.’
Dentes brancos tem uma forma dickensiana, maximalista, exagerada, aparentemente sem ordem — ou sem um conflito claro. Mas as cenas são sempre interessantes. Dá pra sentir que a autora queria escrever, e que escrevia bem. Ainda que de um jeito desengonçado.
Zadie Smith já disse num artigo que o autor não escreve o que quer, e sim o que pode. O primeiro romance dela exalava um certo diletantismo entusiasmado que a própria autora depois viria a dizer que era ‘exibido’ demais. É verdade: tem algo errado com o tom de Dentes brancos, uma ironia que não cessa, mesmo quando não é necessária. Mas também é verdade que Smith só conseguiu a plataforma pra dizer isso justamente porque foi imatura e corajosa no começo da carreira. Ela entendeu que precisava impressionar o leitor logo de cara, e assim escreveu um romance lido por milhares de aspirantes a escritores como um dia ela foi. Smith assumiu um risco. Por isso, colheu os frutos.
Tudo bem: Zadie Smith estava encantada com a forma do romance, e quis botar nele tudo o que sabia. Depois ela aprendeu a caracterizar melhor os personagens, a não exagerar em digressões. Mas talvez a autora nunca tivesse aprendido nada disso sem ter escrito Dentes brancos. Afinal, ninguém nasce já com experiência.
Pelo menos não foi o meu caso. As ideias foram vindo, e eu fui me organizando do jeito que dava. Demorou uns dois anos, mas acredito que tenha dado tudo certo.
Só pra registrar: Quarto aberto conta a história do Artur, um guri de vinte e dois anos que tem um namorado legal e trabalha num café e se apresenta como drag queen nos finais de semana. A vida dele se desequilibra quando reencontra o Eric, um cara com quem teve um caso alguns anos antes. Logo em seguida, o Artur conhece o Antônio, o namorado do Eric, e os três passam a manter um triângulo amoroso, ou algo parecido. Mas tem também o Caíque, namorado do personagem principal, que não está tão contente com todo esse arranjo. O livro tem bastante putaria, mas tem um toque de tristeza também. É um romance sobre o começo da vida adulta, sobre não entender bem como o amor funciona, sobre se perceber um indivíduo num mundo lotado. O que é bastante do que eu pensava quando tinha vinte e dois anos.
Não acredito que eu tenha decifrado todas essas questões, claro. Mas com certeza aprendi muito com Quarto aberto. Aprendi que o planejamento economiza tempo. Que nenhuma cena pode estar num romance por acaso. Que a história só existe se o personagem percebe que algo está em jogo.
Então espero levar o aprendizado pro próximo projeto. E, de certa forma, sei que o meu segundo romance vai ser melhor.
Existe uma expressão em inglês pro fracasso de uma segunda obra depois de um começo promissor: sophomore slump. A pergunta é: como um debutante de sucesso pode replicar a energia uma segunda vez, agora que já despejou tudo o que sabia no primeiro romance? Os leitores diziam que tinha algo de imprescindível no romance de estreia. Cada página virada trazia a promessa de algo melhor do que tinha sido escrito antes. Mas será que essa promessa pode se cumprir pra depois da primeira obra?
Sei lá. Talvez um autor esteja escrevendo um só livro, pra usar uma metáfora. Um grande romance durante a vida inteira. Por enquanto ele já tem o capítulo um, o que já é muita coisa. Só que a primeira chance já foi. Não dá pra voltar atrás e escrever outro romance de estreia.
Mas tudo bem, também; pelo menos a introdução já foi. Quer dizer, não que romances de estreia sejam só introduções. Acho que eles são um pouco mais do que isso. No fim das contas, são relances de dimensões que a gente ainda não conhece, maneiras novas de transformar o comum em extraordinário. Provas de que a criação humana é diversa, infinita.
Talvez a obsessão venha daí. De tudo que os romances de estreia nos ensinam sobre audácia, vulnerabilidade, vigor — e sobre a força inabalável da intuição. Porque lendo as páginas desses livros é possível que cresça na gente a intuição de que sim, ainda tem muitas vozes pra descobrir: as vozes dos outros. Mas acho que não é só isso. Talvez a gente acabe descobrindo a nossa própria voz também.
Obrigado por compartilhar com a gente como foi o processo, Tobias. Vida longa ao Quarto Aberto, :)
bom te ler falando de escrita e descomplicando alguns anseios, tobias. valeu por compartilhar.